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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Já são muitos anos a virar frangos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.10.19

Tenho o hábito de meditar. Todos os dias ou pelo menos, na grande maioria. Sempre antes de dormir e em casos excepcionais, em que esteja a necessitar de limpeza energética extra, de manhã. Ora pois, eu adoro por uma música de fundo, mas se querem que vos diga, se não tiver, não faz mossa. Tenho dias que ainda é pior ouvir música de fundo, que me embala e acaba por me tirar um pouco do foco.

Não obstante de que o meu quarto é o meu sítio de eleição para meditar, quer seja activamente ou passivamente (dormir), e que fica virado para o parqueamento do bairro, onde há sempre carros a darem a volta, pessoas a andar e falar e putos a berrar mesmo em horas não aconselháveis mas as pessoas estão-se nas tintas às vezes até batem com as portas dos carros e gritam para a pessoa que está no andar não sei para que inventaram os telemóveis podiam poupar-me a estes gritanços durante a noite bem como estarem a utilizar o bluetooth do carro e estarem a fazer chamada e a malta a ouvir tudo da conversa ainda bem que devia de ser segredo a conversa sem mencionar os meus vizinhos debaixo que fazem um cagaçal desgraçado e os de cima que raramente dão à costa mas quando dão pensam que vivem sozinhos no mundo, porém - já estavam a ficar sem fôlego, hein?? - consigo estar à margem de toda essa selvajaria e ficar na minha bolha, a meditar serenamente. Mas ainda não tinha tido maior teste que o mais recente. Mal sabia eu o que me esperava. Passo a relatar.

Está aqui a gaja com o cenário todo montado e situação engendrada - almofadas no sítio: check! cristais no colo: check! app com música e temporizador que nunca respeito e medito o tempo que me apetecer: check! - e ahhh só relaxar e começar a meditar. Silêncio. Eu a sentir-me confortável, começo a meditar... e oiço de fundo: "zzzzzzzzzzzzzzzzzzz". Aguardei até acalmar aquela banda sonora por cima da minha música zen. E não acabava. Parecia disco riscado. Agora imaginem o que é, estarem a tentar meditar, com o som de uma melga de fundo, constantemente a zumbir!! Ainda abri os olhos um par de vezes, a ver se via o elefante voador de trompete, mas nada. Zero. Eu continuo a dizer que as melgas têm um sistema integrado de se tornarem transparentes ou então o dom de atravessarem paredes ou de abrirem portais, para que ninguém as veja, andando de sítio para sítio a seu bel prazer. Ranhosas!!! Ás tantas, conheceram os elfos de Lothlorien e receberam daquelas capas como o Frodo, que ficam invisíveis. É como vos digo, só pode! Bem, então ali estive eu, a meditar, a praticar o foco calmamente, sempre a conseguir fazer todos os exercícios e tudo a correr maravilhosamente bem, até chegar ao fim da meia hora determinada por mim - das únicas vezes que cumpri o tempo sem exceder - e andar à caça da melga, libertando o animal em mim, sedento de sangue.

Foi um verdadeiro encontrar e contacto com o meu eu interior, antes de partir numa caçada, sem saber se iria voltar para casa. Assim que detectei a melga - que não parou durante meia hora. Volto a repetir... MEIA HORA - me ergui dos meus lençóis - tal e qual o Dutch a sair da lama para enfrentar o Predador - peguei numa das minhas almofadas e "POF". A melga ficou a fazer parte integrante do tecto.

Agradeço à melga o facto de me ter ajudado a praticar ainda mais o foco interior, sem me distrair com o que me rodeia, praticando também a calma e serenidade e também, por não me ter sujado quer a almofada quer o tecto. O que é muito importante para mim, pois se há coisa irritante, é marcas de cadáveres de melgas pelas paredes e tecto. E agradeço à minha pontaria aguçada e à almofada, que tão humildemente contribuiu da forma como pode, dando tudo o que tinha, para eu finalmente por fim a aquele número de circo.

Resumindo: Qualquer dia, viro guru. Fiquei admirada com a minha concentração. Estou a um passo de começar a levitar.

Nem os monges budistas têm um cântico tão catita como este.

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.07.18

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Ah pois é. Eu recito com frequência o mantra do cookie monster, cada vez que medito a saborear uma bela de uma oreo.

Dá cá uma sensação de paz e tranquilidade na alma... e na barriga!

Adivinhem? Claro que vou arder no Inferno.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.02.18

Fiquei a saber que há vários tipos de meditação clínica, conforme o caso da pessoa. Um género é olhar as nuvens e observar a sua textura, formas, movimento. Outro é olhar para a água, riacho, ribeiro, mar a correr, observando a ondulação da água, cor. Outra ainda, é observar uma floresta, as árvores, folhas, vida circundante. Até aqui, nada de especial, digamos assim. O pior é quando nos dizem que há uma meditação da pessoa ficar a olhar parada para... um monte de terra.

Com todo o respeito que estas terapias merecem, mas eu não aguentei e lá tive de soltar umas gargalhadas valentes e lágrimas de tanto rir, à mistura. Só imaginava a expressão de "um burro a olhar para um fardo de palha".

Sorte que, no meio disto tudo, o professor me ignora (já sabe quanto a casa gasta), embora eu saiba que, lá no seu íntimo, só lhe apetecia apertar-me o gasganete e cilindrar-me de surra. 

Haja paciência para esta gente tsc tsc

Dá que pensar...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.10.11

   Realmente, quando gravamos sons de animais na vida selvagem, e depois se fazem aquelas músicas de meditação de sons ambiente, etc, será que alguém alguma vez se lembrou o que estarão os bichos a falar? Eh pá, sei lá! A conversa entre duas baleias assassinas não deve ser lá muito amável:

   - Ai que leão-marinho tão apetitoso. uiiiii assim rechonchudinho...

   - Querido, já te disse, olha o teu cástrol! Nada de leões-marinhos!

   - E uma foquinha... pode ser?

   - Sim pode... mas uma das piquenas, que estás de dieta!

 

   Ou em alguns casos, quando uma baleia assassina está a brincar com uma foca, porque entretanto já encheu o papo com outras tantas, e está a mandá-la ao ar, a obrigá-la a fazer piruetas, amonas, essas coisas. Grita a baleia mãe:

    - Júnior! Já te disse para não brincares com a comida!!

    - Desculpa mããeee...

 

    É como vos digo, podemos apanhar de tudo. Até codrelhices entre os animais:

    - Ai B.... Já viste como aquela está badocha??

    - Ah sim... Uma verdadeira cachalote! Também, farta-se de morfar tudo o que se lhe atravessa à frente! Tudo o que vêm à rede, é peixe!

 

    Os diálogos entre gaivotas, deve constar em cima de quem vão espalhar loção bronzeadora, andarem a coscuvilhar os casalinhos e a ver que toalhas vão arrebanhar!

 

    E não é só isso... Uma pessoa a meditar com estes sons, não sabe sequer o que é que está a "gravar" no inconsciente. Pelo que observo, deve haver é muita gente a meditar com músicas feitas a partir de sons de animais da quinta (burros, porcos...) e outros tais (camelos, abutres...)... Não sei, digo eu...