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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Felizmente eu até corto as unhas dos pés, senão nem quero pensar na rebaldaria e revolução que era.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

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É assim, eu sou descontraída - agora... agora - de modo que se calçar umas meias e vir que ela está com o tecido a querer grelar batatas, várias vezes não as descalço, optando por as coser ou dar outro uso, quando as descalçar. Somente as descalço se tiver tempo - de manhã, o tempo é escasso e para quê perder tempo a descalçar, ir procurar peúgos, calçar os animais, enquanto se tiver uns que aguentam, embora quase estejam a içar a bandeira branca, até ao fim do dia? Embora para a frente, que atrás vêm gente!!

Como era de esperar, esta minha atitude de "'bora lá senão atrasamos" às vezes vêm morder-me o rabo. Claro! De que estavam à espera? Então, raros são os dias em que calço peúguedo a arrastar-se como que a sair de dentro de água depois do barco ter naufragado, mas calço quase sempre em dias que acabam por ser, os mais inapropriados. Nesses dias, a vida dá voltas e eu decido ir comprar sapatos... ou calças. E, naturalmente, tenho de me descalçar. E como é que o faço sem ninguém notar que a meia está a modos que... coiso? Pois é... Também acontece eu nem ver que elas tinham um buraquinho e quando descalço na sapataria: "tcha-naaaaaaaaaaammmmmmmmm!!" calcanhar roçado ou batata no horizonte - parece que lhes cheira que eu me vou descalçar em público - Que fazer? Olha... erguer a cabeça e dar o corpo ao manifesto, o peito às balas. Que atire a primeira pedra quem nunca teve meias furadas na vida!

Se eu não fizesse vistoria ao peúguedo aquando o descalço antes de por a lavar e antes de as arrumar, sabendo que as criaturas precisam ou de ser cosidas ou de ser tempo de assumirem outros cargos, tais como os de limpar vidros ou a casa-de-banho, eu até compreendia que estas situações de batata surpresa se dessem. Mas não. Tenho cuidado com o cultivo das meias no aquário, mas há sempre uma ovelha ranhosa no bando.

Começo a achar, que há conspiração do peugal contra mim. Já não basta as desirmanadas durante as lavagens, que entram as pares e sai só uma ou a novela de não encontrar o par dentro da cama, ainda mais criarem batatinhas novas num piscar de olhos.

Já não se fazem meias como antigamente. Tenho dito! Por causa das coisas, vou deixar de por amaciador nas lavagens, a ver se elas gostam e aprendem a se comportar.

E assim, com as experiências da minha vida, partilho estas constatações, para que ninguém sofra o mesmo que eu sofro.

frito e escorrido por Peixe Frito, 08.11.19

Pois é. Cheguei a uma constatação dura. Dei de caras com a verdade nua e crua, fria e enregelada, que vira tudo das avessas, desarruma e deixa tudo de pantanas: Está provado que não dá com nada dormir com meias. A sério. É agradável a situação de os pés aquecerem, ficam fofinhos e maravilhosos, e mesmo em pleno inverno, ficarmos com calor e acabarmos por tirar as meias a meio da noite. Mas é aí que se dá a propensão da calamidade que vos falo hoje. É que ao tirarmos as meias durante a noite, quando as queremos voltar a calçar no dia seguinte, temos de as ir procurar no meio das mantas e, acreditem em mim, é pior do que andar à procura do Wally ou da ovelhinha amarela. Não sei que fazem o raio das meias, se encontram um portal dimensional e se escapam sei lá eu para onde, que uma pessoa revira, vira, manta para um lado, lençol para outro, chegando até a desfazer a cama para encontrar a porra da peúga! Temos quase de virar tudo do avesso, para darmos com o animal refugiado. E, quase sempre, não damos com ele - as meias devem fazer reuniões secretas com as melgas, para aprenderem a escaparem-se tão bem. É coisa com mestria.

Não compensa dormir com as meias, vão por mim. A trabalheira que é andar à procura delas, a cama quase sempre fica desfeita e o stress, a neurose, o arrancar de cabelos que é, não obrigado.

E o pior de tudo, é que mesmo que calcemos um par todos os dias, todos eles desaparecem. Eu chego a andar à procura e encontro meias sim... desirmanadas. Depois ando com uma meia de cada nação - é sexy, eu sei que tiveram problemas em se segurarem, ao imaginar a situação.

Quando chega o dia de mudar os lençóis, parece que tenho duendes nos pés da cama, a fabricarem meias para o natal. Não pelo tamanho mas pela quantidade lá armazenada.

Acho que vou começar a fazer como se fazem com as canetas em sítios públicos: a amarrar um fio na ponta, para que elas não se escapem. Ás tantas, até funciona na perfeição. É um caso a ponderar e considerar.

Que pontaria...

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.03.12

   Usar meias com buraquinhos e no meio dos mesmos... conseguir encontrar um buracão.

   O que vale é que disfarça...