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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Que agradável, começar assim o dia, a semana, o ano...!!

frito e escorrido por Peixe Frito, 03.01.22

Ainda estou para descobrir como é que isto acontece, mas que acontece, ó se acontece!

Na verdade, penso que a vida é feita de equilíbrios: nem sempre estamos na mó de baixo, a vida têm de dar a volta (e dá) e voltamos a estar na mó um pouco mais acima da de baixo, talvez uns mícrons mas estamos acima - "nóssa Peixa, você está a dar tudo no primeiro post do ano", dizem vocês. "Não meus pedacinhos de alga kelp, a Peixa é sempre muito filosófica, só que às vezes apetece-lhe é filosofar porra nenhuma" - e o que se passa nada mais nada menos é isso mesmo, um equilíbrio da natureza. Esteve um fim-de-semana de sol maravilhoso! Ahhh que bom! Então hoje o tempo está como? Está como se alguém estivesse estado a fazer um temazcal e o fumo saiu todo de lá de dentro e alastrou-se pela vizinhança, purgando até a alma dos corpos das pessoas tal seria a tosse advinda do fumo ou noutra vertente, parecendo que fizeram uma churrascada das bravas a comemorar a vinda de D. Sebastião que, na verdade, pode perfeitamente aparecer de um momento para o outro; Aparte: Que acham de se ver a condição de uma obra de construção de uma casa, em dia de nevoeiro? Acho sublime. Principalmente para esconder eventuais problemas de construção. Voltando! Meia volta, a malta é abençoada com nevoeiro cerrado, em que passa a vida a ligar e desligar os faróis de nevoeiro, parecemos uns malucos, liga desliga liga desliga, porque de metro a metro, há nevoeiro, agora não há, agora há, agora não há, parece que andamos todos a fazer códigos uns aos outros na estrada, cambada de doidinhos. É uma das maravilhas de habitar em grutas perto do mar, bem como sermos presenteados com o belo cheiro a maresia, pela manhã. 

- Ó Peixa, falas falas mas afinal, que queres dizer tu?

Ora, estou só a fazer contexto e a debitar informação desnecessária, para parecer que estou a dissertar sobre alguma coisa mega interessante e que contribui para a humanidade.

Antes que me apedrejem, vou directa ao assunto: Como já se aperceberam, ora faz sol, ora faz nevoeiro. Ora cheira a maresia pela manhã e a croissants da fábrica de bolinhos, ora cheira a couves na rua! Sim, a couves. Sai uma gaja toda airosa de casa e dá de caras com um cenário agradável, acolhedor, que aquece a alma, que é o cheiro a couves - para quem  não toma banho ou só toma banho de perfume, dias assim são uma maravilha, disfarça todos os odores sensuais e que despoletam desejo carnal, que só o cheiro a alergia a água, consegue conferir. Ao pensar nisso, já começa a náusea a atacar.

É um problema, na verdade. Uma pessoa ainda nem fez a digestão do pikeno almueço e já está a levar com tortura quase chinesa, talvez se algum vegetariano se formar em fazer tortura a alguém, esta é uma delas, o cheiro a couves, a cozer umas belas couves-de-bruxelas acompanhadas com um nabo ou repolho - náuseaaaaa - e a deleitar a pessoa a ser torturada, com esse aroma nauseantemente gormitoso. Vomita logo tudo cá para fora, incluindo as entranhas.

Se existissem fábricas de produção de gases que são expelidos por onde o sol não brilha, era este o aroma com que nos presenteariam, com toda a certeza.

Posto isto, é assim a vida. Uns dias cheira a maravilhas e no outros a maravilhas que já viram melhores dias. Que provavelmente já faleceram mas que ainda não receberam a notificação pelos correios - isto na altura das festividades, os correios andam muito atarefados, logo perdoa-se o delay na situação.

Entre o cheiro a couves e o cheiro a espirro, venha o diabo e escolha. A verdade é que ainda agora começou o ano e já andamos nestas andanças. Nem quero pensar como vai ser o resto... de mola no nariz, pelo andar da carruagem!