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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Expliquem-me por favor, como se eu comesse gelados com a testa (desabafo baseado em factos verídicos. Qualquer semelhança com a realidade é porque é mesmo isso)

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.11.21

Isto das redes sociais, têm mesmo muito que se lhe diga. Ui, aguiinha da boa pela barba, pela ponta do cabelo, pelo dedo mindinho com a unhaca grande, vestido a rigor com um belo cachucho de ouro. Sei que a hipocrisia, vitimismo ou mera cusquice possa ser a ordem do dia e eu, honestamente, já lá vai o tempo em que coleccionava (quase) todos os pedidos de amizade e de seguir, que me mandavam. Hoje em dia, muito pouco ou nada ligo a isso, mas se é alguém que eu conheço e até sinto alguma afinidade, aceito ou faço pedido de amizade. De resto, "sorri e acena", como dizem os pinguins. Mas há algo que me deixa bera, arrelia ao ponto de acordar à noite com o meu próprio ronco alheio, voltando a dormir pacificamente depois de me virar para o lado seco da almofada babada, que é malta que me manda pedidos de amizade ou de seguir nas redes sociais, aquando passam por mim em pessoa e me ignoram, desviam o olhar, assobiam para o lado! Eh pá senhores, vamos lá a ver uma coisa. Aqui a neta da avó Peixa têm uma costela tramada, que devo ter puxado ao Kraken. Para que raio me mandam pedidos de amizade se fazem de conta que eu sou transparente e nem me cumprimentam, quando me vêem? A sério, façam-me um desenho, com legendas se faz favor, músiquinha, luzinhas e essas coisinhas todas, a ver se eu percebo!

Ah e tal, podes ter mudado, Peixa. Nope, nem por isso. Continuo garbosa, fresca e fofa, como sempre. Sabes que carne de porco não é transparente? Ora aí está. Apesar de ser Peixa. Só daquela vez, a moça podia estar distraída e ver os pássaros mortos a voarem no céu, nem dando pela tua presença. Exacto, mas não há vez em que me cruze com ela que isso não aconteça. A esta altura, já não haveriam nuvens mas sim somente pássaros mortos a voar.

Basicamente, não quer socializar comigo pessoalmente mas por redes sociais, é do best. Eu até tomo banho, me penteio - okay, com a ómidade não garanto estar sempre impec, mas tento! - visto roupinha de tecido e não feita de algas e quando abro a boca, já não grunho, aprendi a ser educada e a falar com as pessoas como deve de ser, por isso... 

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Este caso em concreto, não deve ser câmera de vigilância no sentido de informadora, mas dado que gosto pouco de ser tratada como feita de vidro transparente e límpido após ter sido limpo com limpa vidros, a usar capa dos elfos de Lotlórien, um feitiço de invisibilidade do Harry Potter e que adquiro o super poder da invisibilidade da Mulher Invisivel do Quarteto Fantástico sempre que me cruzo com a moça, lamento informar mas amizade virtual, not going to happen. Gosto pouco de chiriquitices nos meus perfis, porque para mim é mesmo só isso, andarem a saber da minha vida mas quando me vêem em vida, deixam de ver como o Jean Claude Van Damme, quando leva com areia nos olhos em pleno combate.

Poupem-me please, que já tenho mais que fazer do que ter um clube de fãs, a monitorizar a minha pessoa. 

Ás tantas fica tão emocionada de me ver em carne e escamas, que as lágrimas lhe preenchem tanto os olhos, que ela deixa de ver, encandeada pelo sol a reflectir na lubrificação oftálmica.

Bitch, please. Ide cirandar para outros pastos, que aqui a colheita não dá para ti.

E com esta, mi voy (*drop the mike*)

Eu a reflectir e não, não é no espelho.

frito e escorrido por Peixe Frito, 12.10.21

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Por vezes reflito em certas coisas que me dizem, observam ou desabafam das entranhas, que eu - acidentalmente ou não - acabei mesmo por ouvir e reter nos macacos-do-sótão, tal como fita cola em um buraco de tanque de ácido. Sei lá eu se é de propósito, se acham que estou tão distraída atenta, boa ouvinte e sentem que me podem confidenciar que têem um cadáver no jardim a adubar as margaridas ou até como é o seu trânsito intestinal: é incrível como a balança consegue pender tão freneticamente e tão rapidamente de um pólo para o outro. Em um momento estou a ver pinguins e em outro... ursos polares em fato de banho, a bebericarem margaritas em cima de um iceberg. Como sempre, é válido.

Uma das coisas que me intriga nestes desabafos alheios, é a perspectiva que cada um têm de certas coisas. Ora, uma vez uma moça, a meio de uma conversa sobre não sei o quê - denota-se logo aqui que a minha atenção estava totalmente focada na conversa e nada a vaguear, com as orcas a nadarem de mão dada com as focas - que uma das coisas que lhe mete muito nojo - e friso a palavra "nojo" que ela disse aquilo com um tom, que me fez descer de onde quer que estivesse a velejar e de facto, olhar para ela com ouvidos de ouvir - é o cabelo espigado. Sim, cabelo espigado. Okay concordo que cabelo mal tratado até a mim me arrepia as peles, fico a pensar se não sai dali uma barata ou uma criatura morta ou uma mão que me vai agarrar e puxar-me me levando para o infinito e mais além ou uma fatia de queijo para o snack da tarde, mas nojo? Cá está a tal situação, todos tabelamos as experiências pelas suas próprias percepções, mas daí a cabelo espigado lhe dar nojo... E, óbvio, comecei a comparar com aquilo que pode realmente meter nojo: "Será que pontas espigadas é mais nojento do que olhar para alguém e ela ter a vela acesa, a sair do nariz?" "Ver górmito ou ouvir alguém a anunciar das entranhas aquele som grotesco que vai gormitar, é mais angélico, um som vindo do divino?" "Unhas grandes e amarelas, daquelas a cascar a competir com garras de águia e com cascos de vacas, serão bem apreciadas frente a cabelo espigado?" "Restos de pele morta, depois de se fazer a pedicure e ralar os calcanhares, mais parecendo bocados de casca de queijo, é mais aprazível?" "Cheiro a aroma da terra, quando uma casa-de-banho foi bem estrumada?" "Dar um beijo a alguém com mau hálito ou com alguma coisa presa nos dentes?" "Cotão no umbigo?" "Ainda não me ter saído o euromilhões apesar de eu não jogar?" Como podem calcular, a minha lista foi loooooonga. 'Bota longa nisso. E fez-me pensar que até eu às vezes tenho pontas espigadas. Portanto, sou uma nojenta, aos olhos daquela criatura. Não conta para nada o facto de até ser asseadita, tomar banho uma vez por semana e é à gato ou só passar por água, aparar os pêlos do nariz com uma serra eléctrica, cortar o cabelo aí de um par de anos em um par de anos, usar não sei quantos produtos que garantem que o cheiro e aspecto a falta de ser lavado se note, para que os caracolitos andem airosos e com menos ar de ninho de ratos e penteado à llama (sim, escrevi com dois "l" de propósito, para não ficarem a perguntar-se que raio lama têm a ver com penteado. Que amacia a pele, lá isso amacia, agora penteado à lama, se calhar os recos sabem responder a isso. Agora que penso nisso, deve ser bom para cabelos encaracolados, a julgar pelo rabito dos mesmos. Adiante!), tendo atenção inclusive à alimentação, de modo a que o corpo de sereia absorva o que é necessário para continuar a respirar e espalhar o terror por aí, albergando esta persona maravilhástica. Há quem diga que um dos meus males, é mesmo não ter levado umas chibatadas dos meus pais, quando era criança. E que, apesar de adorar animais e comer muito mais regime vegetariano, ainda não consegui dizer totalmente "não" a um coelho ao alhinho, grelhado no carvão, pincelado com azeite e ervas aromáticas. Basicamente, é tudo tabelado pelo mesmo, desde que tenha cabelo espigado. Ora, não me parece minimamente correcto. Unhas extremamente grandes que até fazem cócegas no cérebro quando vão tirar burriés isso sim, dá nojo, pois questiono-me sempre se aquela pessoa consegue limpar o rabo sem o fatiar ou fazer qualquer tipo de higiene ou coisa, sem ficar com carradas de nhanha e porcaria debaixo das mesmas. 

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(imagem palmada da net)

Sim, a imagem até foi simpática. Estas unhas apenas parecem galhos de árvores desgovernados, já vi coisas beeeem piores.

Posto isto, é assim a vida. Cada um nauseia-se ou enoja-se com o que quer, fazendo sentido para o outro ou não. Uma coisa é certa... que há pancadas bem fortes por aí, ó se há. Uma coisa que me iria dar imenso nojo era se fosse passar umas férias nas Maldivas, de papo para o ar. Ó que nojeira desenfreada, quais pontas espigadas qual quê, pontas espigadas é para meninos-de-coro.

Quando falecer, vou doar o meu cérebro à ciência.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.07.19

Mas não é por rasgos de genialidade e por ter uma carola do caraças! Desenganem-se.

Eu enquadro-me nas pessoas que até a ouvir determinadas músicas, em dias de calor, fica ainda com mais calor (sem cenas perversas). Do mesmo modo, que refilo quando é pleno inverno, chove a cântaros, frio dos colchões e a rádio passa regaton e cenices assim. Está mal!! Uma pessoa a ouvir aquilo, a cheirar a verão e nós ali como as cebolas: cheios de camadas, já dizia o Shrek.

Em outro prisma, também há músicas que fazem sentir frio e não, não falo de músicas de meditação onde se ouve chover (pensando bem... se calhar...) mas sim músicas clássicas e de bandas sonoras.

Há por aí alguém que tenha a mesma panca? Vá, don't be shy. Todos nós temos as nossas cromices 

E antes de me pirar, deixo uma música que me ajuda a refrescar nos dias de calor (e não, não falo de Maria Leal e afins):

A partir de hoje, vai ser assim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.07.19

Ao pedir uma água com gás, aromatizada com framboesa e limão, vou passar a pedir da seguinte maneira, invés de como todo o povo:

- Se faz favor. Uma água mineral gasocarbónica aromatizada com frutos vermelhos e notas de citrinos.

Que vos parece? 

Your love is like bad medicine. Bad medicine is all i need...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.03.19

Pois é, pois é. Chamem-me o que quiserem (fofinha, linda, maravilhosa, nicónio e afins) mas um dos amores do meu coração, arrebatador, que me consome, incendeia, me faz encarnar o pecado da gula e de escavar a embalagem com uma colher, tal e qual um prisioneiro a escavar o túnel da sua fuga da prisão, venha quem vier que não a destrona dos píncaros mais pincarianos do meu coração (desculpem Pringles, skittles sour, gomas ursinho e o Chewbacca) é o raio da manteiga de amendoim. É que seja barrada ou comida literalmente à colher, marcha desalmadamente bem, dá uma sensação de conforto na alma, no coração, gera arco-íris sem nuvens no céu e toda a vida fica irresistivelmente bela e amarela. É um esbanjar de amor por todo o lado, a cada colherada de manteiga de amendoim. Foi feita pelas fadas, só pode.

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Quando vou ao supermercado, até olho para o lado, para resistir aos olhinhos de Bambi, de gato das botas, de cachorrinho, da embalagem a mirar-me de bracinhos estendidos tal bebé a pedir colinho depois de mandar um esbardalhanço. Até se ouve o rachar do meu coração ao me deparar com esse cenário e, boa alminha que sou, lá tenho de adoptar um frasquinho de mantequilla de cacahuete e o levar para casa de mão dada e cavalgarmos juntos até ao por-do-sol, comigo lambuzada de manteiga por tudo o que é canto.

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E encontrei alguém que entende o meu amor por manteiga de amendoim! Uma das cenas que mais me cai no goto, dos vários filmes que já vi (spoiler alert. spoiler alert. spoiler alert) somente porque ressoa tanto comigo a paixão que se acende no coração (se é que o têm) desta personagem, ao provar pela primeira vez, a manteiga de alcagoita.

Só tenho isto a dizer...

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Cada um com a sua tara e mania, não é? 

Eu e os meus dotes de parvalheira.

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.03.18

Tenho o terrível hábito, de adaptar as músicas que estou a ouvir, à moda da Peixa. Ora mudo as vozes, fazendo fininhas como os ratinhos, grossas como trovões, à ópera, canto a miar, imito as vozinhas dos Happy Tree Friends e até canto à Cocas, o sapo. Há para todos os gostos. Sou uma criatura muito versátil. Porém, rapidamente adapto a letra da música, ao que estou a fazer: "Agora vou por o óleo de côco no wok ... E agora a cebolinha toda linda e cortadinha mais o alhinho bonitinho a salteaaaaarrrr... (deixo escorregar a taça) e agora ia deixando cair a taça e enfaralhando esta porcaria todaaaaaaa e porra que me espirrei com o óleoooo rais parta mais a isto tudoooooo". Também há versões de "e agora deu-me vontade de coçar o rabo e não consigooooo" e umas censuradas de asneiradas cabeludas, que como é natural, não vou exemplificar aqui. Tenho uma imagem e credibilidade a manter (cof cof). Como dá para imaginar, só vendo porque contado ninguém acredita. Dá-se com cada música que, confesso, até já pensei mudar de profissão para compositora de músicas pimba, que devia de ir ser um sucesso daqueles. Estou-me para aqui a perder.

Só espero é que numa dessas sessões artísticas minhas, não me saiam os códigos pin dos cartões e da conta bancária... Nunca fiando.

Engraçado foi que, mais uma vez, uma das personagens do "How i met your mother" retrata uma das minhas características tão características da minha característica... criatura.

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