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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Cá para mim, foi este que engoliu o relógio e não o crocodilo do Capitão Gancho.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.05.18

Acaso do destino, me fez ouvir um pardalito a chilrear na árvore mais próxima e olhar para o relógio. Como em tantas outras vezes, me pareceu ver mal as horas e voltei a focar o relógio, com a banda sonora pardalesca de fundo. Então não é que o raio do pardal piava exactamente ao ritmo do ponteiro dos segundos? 1s piu, 2s piu, 3s piu com uma sincronia perfeita. Eu ali a torcer pelo animal "só mais uma, só mais umaaaa" tal e qual numa competição de quem bebe mais uma bejeca. Ao fim de uns 20 segundos lá o passarito deve ter perdido o fôlego e descompassou a situação.

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Destrezas e talentos únicos à parte, se há coisa que eu adoro nos pardalecos são os seus saltitos e mais ainda, quando andam enchouriçados por causa do tempo frio. Umas autênticas bolinhas de penas.

E eu que lhes adoro piar, tal e qual os pardalecos piquenitos e há sempre um ou outro que fica ali infinitamente a responder-me. Vou arder no inferno por me andar a meter com os pardalitos, assim à descarada.

Nem um metaleiro faz headbanging com tanto fervor.

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.05.18

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A aquecer as turbinas. "Estimados passageiros, apertem os cintos que vamos levantar vôo dentro de momentos".

Se eu abanasse a carapinha a esta velocidade, no fim ficava sem a piruca e sem réstia de cabelitos na cabeça, sem mencionar que o tico e o teco ficavam em papa com a centrifugação.

Fosga-se, cum caraças!

frito e escorrido por Peixe Frito, 06.06.12

  Pois é. Nada como ir tirar um belo café para acompanhar umas fantásticas bolachinhas, apanhar o pouco solinho que às vezes as nuvens nos dão a abébia de ter, ir deixando cair uma bolacha e entornar o café mesmo por cima de nós. O que vale é que lá se conseguiu disfarçar as nódoas na camisa e tira-se o colete e a coisa compõe-se.

   Finalmente, vamos para o solito tímido, que se esconde por detrás das nuvens com o rabo carregadinho de chuva. Suspiro. Ahhh... solinho bom... assim até seca a camisa e tudo.

   «Bonk - Ponk», oiço eu mesmo a meu lado. «Fosga-se quem é o engraçadinho que me viu aqui a apanhar sol e me anda a atirar coisas da janela, a meter-se comigo?». Olho para cima, naturalmente para baixo e vejo um pássaro, um pardalito para ser mais específica, caído em cima do capot do carro a meu lado. Vejo a vida, a luz a apagar-se dos seus olhos. Morreu.

   Resumindo: 

   - Ia levando com o bicho no alto da minha pinha e, além de ficar com o trauma do pássaro morrer embatendo contra a minha magnífica tola, ainda ia ficar novamente cheia de café entornado em cima de mim e não ia roer nenhuma bolacha, na certa.

    - Pelo sim, pelo não, é melhor deixar de beber café a meio da manhã, dadas as evidências, porque se cada vez que beber café e o entornar em cima de mim, significar que vai morrer um pardalito daí a minutos, a espécie extingue-se.

     - Quem gosta de passarinhos fritos, pode ir ali buscar o espécime que é fresquinho fresquinho, não levou chumbinhos nem nada, sou testemunha, é só depenar, arranjar, meter em vinha de alhos e preparar as coisinhas para fritar o bichaninho.

 

   Só a mim. Nem posso beber um café e roer umas bolachas descansada.