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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Dissertação interessante sobre alguma coisa ou nem por isso, sobre coisa alguma.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.11.21

Pode tornar-se um mau hábito mas têm bastante utilidade. Refiro-me aos sensores de estacionamento nas viaturas. Uma pessoa ali a manobrar e a guiar-se pela sonoridade dos mesmos, com apoio do painel central da voiture, e o estacionamento torna-se impec mesmo em espaços apertados. Mau hábito pois às vezes soar só nos avisos da criatura, pode dar asneira e não se notar determinados obstáculos já existentes que não estão a ser considerados pelo alcance e pimbas, beijinho no pin de estacionamento ou em outra merdice qualquer. Arreia. Arroz queimado. Ou como diz o outro, segura-te Amélia que é a descer. Já foste. Ou como eu gosto tanto de dizer... F2deu Mané.

Os sensores da minha viatura não são manuais - ou seja, daqueles que só se sabe que está bom quando apalpa o obstáculo - mas às vezes gostam imenso de apitar sem nada atrás. Basicamente, passa uma mosca no sensor e vai de apitar e a Peixa a fazer torções ao pescoço arraçada de coruja, tipo a menina do Exorcista, a ver se percebo que raio de obstáculo está - mas não está - a dar o ar da sua graça. Uma ervinha ao vento consegue ser bastante irritante nestes casos, acreditem. Ou as pessoas, que está uma pessoa a manobrar e elas passam por detrás do carro de repente, como vindas de um portal ao estilo StarGate, como se nada se passasse e vai de apitadeira, a interromper a música que uma pessoa está a ouvir naquele momento.

Naturalmente que quem têm as viaturas que têm sensores por tudo o que é canto, até por cima e por debaixo e à direita e esquerda - não têm no habitáculo mas quase, pois detecta se a malta está sentada ou não, para aquecer o bafunfo ao pessoal - e visores todos xpto que mostram em camera live action em directo, o patamar é outro. E que o carro estaciona sozinho - aí se bater, podem dizer mesmo que a culpa é do carro e sacodem a água do capote na maior das facilidades.

Resumindo, há muito boa gente que já nem sabe estacionar com carros sem sensores. É assim, a tecnologia é espectacular mas torna-nos óciosos - digamos assim - em determinadas coisas, nos acomodando e pronto, lei do desenrasca quando bater está excelente. Diz-me quando bater: Às dezassete menos um quarto. O problema é quando nem há relógio para avisar as horas...!

Vos digo uma coisa, a dada altura o sensor da minha viatura acusava presença na traseira e vos garanto que nada mas nada via. Só posso concluir de que era o espírito de algum arrumador de carros, a indicar-me a manobra, mas que eu não dava com ele. Tenham cuidado a manobrar ao pé de cemitérios ou nos dias de algum funeral na área ou no dia dos finados, pois ainda aparece algum fantasminha armado ao espírito de porco e começa a enfaralhar os sensores à malta, fazendo o interior da viatura parecer um aviso eminente de que uma bomba vai explodir dentro de instantes. Boa solução, é forrar o carro com plástico bolha que assim ao menos, se bater, amortece mais um bocado - a parte mais chata é o som do sensor a furar os miolos, mas o fim justifica o meio, ou não é verdade??