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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Assim fico menos triste e a achar-me menos desenquadrada.

frito e escorrido por Peixe Frito, 03.06.22

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Uma pessoa acha que é especial, diferente, que não há ninguém como ela. Que não aperta os botões todos do casaco ou que os parafusos já estão calcinados. E, a vida linda e maravilhosa como é, mostra sempre que estamos a ser maus connosco, exigentes, que afinal não somos os únicos no meio da multidão, que há mais malta com paragens cerebrais e a acusar os macacos do sótão estarem queimados. Nestes dias, a vida presenteou-me com uma sincronicidade dessas, assim, do nada. "Vá Peixa, vês minha filha, como não estás só", diziam as vozes que habitam a minha cabeça.

Está uma pessoa embrenhada nas suas questões existenciais, a olhar para o infinito e mais além, a pensar que fazer para o jantar e de repente, é ver o carteiro a chegar a alta velocidade, na sua farronca esbelta moto, de capacete aberto e... máscara posta.

Está certo. Ao menos assim fica protegido de tudo o que anda no ar, incluindo a mosquitada. Só têm um senão: o bronze. Vai andar sempre de máscara posta, até a lavar os dentes. Uma coisa é certa, ninguém pode acusar o carteiro que ele não têm cuidado com a correspondência. Atencioso, o senhor.

Às tantas achou foi que eu me estava a fazer ao piso!...

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.03.22

...e que sempre tinha valido a pena tomar o seu banhinho mensal, pentear e pôr perfume.

Inevitavelmente, a minha vida é recheada de eventos e momentos de arrepios-de-vergonha-alheia, quer meus quer dos outros - mais dos outros, tenho o condão de presenciar cada coisa, que ó Senhor (*benzer sinal da cruz*) que me superam aos pontos, vírgulas e parágrafos - mas parece que as manhãs e fins do dia, são especialmente ricos nessas situações, quer seja porque as pessoas ainda estão ao rolentim, não acordaram para a vida e andam meio zombies, a sonharem com a almofada babada que tiveram de deixar em casa, sozinha, entregue aos bichos, pela manhã ou pela tarde, que já têem o cérebro frito, queimado, esturricado, armado em pipocas de microondas, com o modo zombie de cérebro dormente activado - este é diferente do da manhã. O da manhã ainda conserva réstias de inteligência, mas o motor ainda está a arrancar. O da tarde, já deu tudo o que tinha a dar, os olhos da cara, o couro e cabelo, o rabo e mais uns tostões e está mesmo com o botão "survival" e "sa f*da" premido e o piloto automático a tomar conta da situação há muito, estando o crânio vazio e o tico e o teco na esplanada a bebericarem uma imperial e a ratarem uns tremoços e minuins, observando os banhistas a levarem com as ondas no alto da pinha e beberem pirulitos - que tudo agrava, com o lume no cú de irem para casa o mais rápido possível. Eu que o diga, o que vivo na selva que é o trânsito ao fim do dia, com a quantidade de artistas do cinema mudo e as merdices que fazem, só porque estão aflitinhos para se teletransportarem para casa e se assolaparem no sofá, esquecendo que toda a gente têm vida e vontades e não só as amélias destes meninos. Mas adiante, fica tema para outro post.

Ora, há uns dias, logo pela matina, vivi um momento de arrepios-de-vergonha-alheia em primeira mão.

Imaginem estarem duas pessoas na rua, com distâncias de três passos uma da outra, de frente para a estrada e eu apenas conhecia uma. Adivinhem qual? A que estava mais atrás - só podia - Sabem que aconteceu, não é? Vai a Peixa e acena à tal criatura traseira, gritando um "Bom dia!!" pela janela do peixmóbil e eis que acenam ambas as duas criaturas ao mesmo tempo para mim, ambas as duas me desejam os bons dias e o da frente estava assim especialmente com um ar sorridente e estranho à Zé Tonhó das Couves, mega feliz da vida. E eu para mim "Mas quem é aquele artista?". Os arrepios-de-vergonha-alheia funcionam em ambos os sentidos: eu, porque sei lá que ficou o homem a pensar, por uma perfeita estranha lhe acenar daquela maneira e de maneira efusiva. Talvez que não aperto o casaco todo e coitada, não se diz que não aos malucos, deixa lá acenar à moça que ela assim fica feliz e a mim não me cai uma mão, ou dente, ou pé ou cabelo! Além de que pensei que é sempre mau retribuir acenos quando não são para nós. Senti compaixão, ao ir ao baú e recordar todos os meus momentos de arrepios-de-vergonha-alheia, que me passou rápido e pensei "tótó, a usurpar cumprimentos alheios com a maior das caras podres". Acontece a todos, mesmo. Venha lá o maior da aldeia, a ver se não lhe toca a ele também as figuras tristes. E o outro sentido em que funciona, basicamente é unilateral e rotativo, entrou em um sentido de rotunda, entra em contra-mão na mesma estrada que acabou de percorrer, na semelhança da carta de virar de sentidos do Uno, entendem? "Travões ó pessoal, agarrem-se que vamos fazer uma manobra perigosa de mudar de sentido". - isto de funcionar em ambos os sentidos neste caso, é similar como em alguns relacionamentos: só têm um sentido e não bufas. "Ah mas quero lá eu impor a minha opinião, eu respeito a tua maneira de pensar, liberdade...! Maaaas....."

Pois é, pois é. Não sei quem é, de onde vêm, para onde vai, o que come, bebe, enfim... só sei que respira, porque é uma pessoa - acho eu, pode ser um alien ou um robot, sabe-se lá, nos dias que correm nada é o que parece - e tal espécime nunca mais foi visto por estas paragens. Talvez tenha percebido que o cumprimento não era para ele e se esfumou, cavou um buraquito até à China e viveu feliz para sempre em uma gruta, com vista para o interior da terra (que luxo!).

É por estas e por outras, que raramente aceno a alguém: com o filme que a minha vida dava, era certinho como o sol em como não seria para mim, o aceno. Por isso, mais vale estar quieta do que fazer figurinhas - já bastam as normais.

O que uma noite bem dormida pode fazer à mais inocente das alminhas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.01.19

 

Poema de hoje, maravilhoso e fantástico, mega inspired, com direito a Podcast e tudo - vêm mesmo assim das entranhas do meu ser:

 

É a cama quentinha,

É a friasca de sair dos lençóis afofada.

É a banhoca da boa no corpo molenga,

É a bota com fecho estragado, calçada.

 

É acordar sem olhos de panda,

É a pele espectacular,

É estar a por o rímel,

e toda a pálpebra esborratar.

 

É o cabelo encaracolado,

carradas de amaciador para o domar,

É o secá-lo com todo o cuidado,

E chegar á rua e ele num ninho de ratos, se tornar.

 

É o cheiro a tabaco no andar,

É o cheiro do saco do lixo,

É o cheiro do pequeno almoço do vizinho debaixo,

Era torrada ou pão com chouriço.

 

É gelo em cima das folhas de manhã,

É a frisca ao entrar no carro.

É o ficar com a mão molhada da porta,

É não ter um pano enxugado.

 

É o sol a brilhar sem nuvens,

bem forte baixo no céu.

Sou eu a ficar encandeada e não ver um cú,

Nem óculos de sol me valeu.

 

É eu ter dormido bem,

É estar extra bem humorada,

Fico assim neste estado,

Inspirada e maravilhada,

Em que até me apetece, admirada

cantar o belo do fado.

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A esta altura do campeonato, só se for já a celebrar o deste ano.

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.01.19

Jantar de Natal a 10 de Janeiro. Já se foi a consoada, o dia de Natal, a Passagem de Ano e até o dia dos Reis.

Bem, sempre ouvi dizer que "Natal é quando o Homem quer". Nunca pensei é que existisse quem levasse isso à letra 

Não há cú que aguente, caraças!

frito e escorrido por Peixe Frito, 14.12.18

Solicitam-me um trabalho, que terá de ser enviado para uma morada, neste caso, "Onde Judas Perdeu As Botas".

E-mail de confirmação recebido com a morada, ao qual respondo que o trabalho irá ser remetido para a "Onde Judas Perdeu As Botas" (como a própria morada o confirmava). Entre reuniões, recebo recado de colega a informar que essa outra pessoa que solicitou o envio para a "Onde Judas Perdeu As Botas", me ligou e deixou recado que afinal não era "Onde Judas Perdeu As Botas" mas sim para "Onde Judas Perdeu As Peúgas".

Okay, tranquilo. Vou ao e-mail e vejo lá um alerta:

- Peixa, atenção! É "Onde Judas Perdeu As Botas" e não "Onde Judas Perdeu As Botas"!

Wtf moment. Pausa. Respirar fundo. Olha porra!! Afinal em que ficamos? Ajuda imenso me dizerem na mesma frase que é uma coisa e a seguir que não é essa coisa. Caso típico de bi polaridade nonsense, tipo os ursos polares.

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Volto a contactar com a pessoa e ela confirma que é "Onde Judas Perdeu As Botas".

Como dá para observar, isto foi só porque coiso. Desde o início que a informação está correcta e fica mais que provado que quando alguém têm um "tilt", dá nisto ou então que se esqueceu de tomar as gotas nesse dia. Parece uma situação em que a cabeça pensa uma coisa mas a boca diz outra. Isto aconteceu-me quando eu era pequena. Era uma vez uma pequena Peixa, que não conseguia dizer a palavra "gafanhoto". Sempre que a proferia, saía "faganhoto" e a pequena criatura frustava-se porque na sua cabeça pensava "gafanhoto" mas depois da boca saía "faganhoto" - pronto, está visto que tenho o "chip" queimado desde a infância - Felizmente ela cresceu, essa situação ficou no passado - Hakuna Matata - e hoje em dia, ela adora comer Areias de Cascais e Queijadas de Sintra - travesseiros de Sintra nem por isso, queijadas.

Estão a querer dar cabo do resto da sanidade que ainda tenho, de certeza. Que Deus me dê paciência e um paninho para a embrulhar, tenho dito.

Como passar por maluquinho num passo muito simples.

frito e escorrido por Peixe Frito, 11.12.18

Ao atenderem o telefone, invés de o estarem a agarrar com a mão ou de auriculares, comprimam-no entre o abanico e o ombro e andem assim por tudo o que é sítio. É o verdadeiro kit mãos livres! Quem vos vir ao longe, a pegarem em coisas e a esbracejarem com a cabeça a 90º e o ombro encolhido para cima, vai achar que a sanidade mental abunda na vossa massa cinzenta.

Eita pá, só faltava coxear para ficar similar ao Corcunda de Notre Dame.

Modo zombie.

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.11.18

Percebemos o quanto ainda estamos a dormir em pé, a sonhar com sol nas praias paradisíacas e saudades latentes do quentinho das mantas e do aconchego da almofada, quando vamos automaticamente para um sítio onde raramente estacionamos o automóvel e, depois de lá chegarmos, realizamos que o deixámos no sítio do costume.

Vai de dar uma voltinha aos calcanhares e andar precisamente no sentido oposto ao que estávamos.

Com o frio da matina, ainda diria que servia para acordar, mas não... Ainda apetece encolher mais dentro das roupas.

Ai vida vida... Há dias que custa MESMO levantar da cama. Nem com guindaste.

Se calhar estava a ver se o pé do cadáver estava bem escondido.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.11.18

E quando vemos um colega, que é meio... bem... não querendo colocar rótulos, mas que é mesmo lerdinho - ou faz-se - tótó - ou faz-se - queimadinho da cabeça - ou faz-se - ali os parafusos já estão oxidados e calcinados tal é a situação de apertar mal os ditos - sei que é repetitivo, mas ou faz-se - a olhar serenamente, para dentro do contentor do lixo da empresa, uns bons minutos - por momentos, fez-me lembrar o Exterminador Implacável, quando teve uma falha de sistema e faz reboot, ficando a parecer que está a brincar ao macaquinho-do-chinês.

Que fazemos?

Passei à larga, em bicos-dos-pés, não fosse ele estar a tramar alguma, pelo modo que ficou vidrado a olhar para o monte de restos de material, lixos e afins. Uma pessoa sabe lá, que se passa na mente das pessoas. Ainda têm para ali algum génio do mal oculto e anda a planear conquistar o mundo, começando pelo caixote do lixo e indo por aí fora até atingir o seu objectivo supremo - contentores públicos, vidrão e etc, chegando aos camiões do lixo até escalar até ao topo: lixeira a céu aberto. Plano ambicioso, mas basta uma pessoa para fazer a diferença, seja para o bem, seja para o mal.

Já me aconteceram muitas, agora esta é estreia.

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.04.18

Nem com os relógios com a hora atrasada ou adiantada, me fizeram fazer estas figurinhas.

Ainda estou para perceber, mas hoje consegui chegar ao trabalho uma hora antes da entrada. Uma hora. Uma horaaaaaaa!! Raios partam, que podia ter estado com o bafunfo nas mantas tranquilamente, desfrutando do bem estar que é estar aconchegada no quentinho... Mas não. Quando de facto me apercebi que o local de trabalho estava de ferrolho puxado, cadeado e nem sinal de viaturas dos colegas, é que a "campainha" soou. Olhei lentamente para o relógio do Peixmobil e fatidicamente me mostrou 8:00 a.m. Ainda liguei para outras pessoas para me confirmarem a hora, não fosse eu estar equivocada e ser sábado (acontecia-me muito acordar em stress ao sábado de manhã, com a sensação de ter adormecido e estar atrasada para o trabalho) ou o relógio estar avariado.

Tudo congeminou contra mim: até o trânsito. Estava um trânsito diabólico a aquela hora da matina. Se tivesse encontrado meia dúzia de gatos pingados, ainda suspeitava, mas não... estava quase caótico.

O que vale, é amanhã ser sábado. E que já me ri um bocado com a situação.

A ómidade faz sempre das dela.

frito e escorrido por Peixe Frito, 07.03.18

Situação compreendida entre duas pessoas que partilham o mesmo nome (só nome, que de resto em nada são semelhantes ou similares):

- Alô, fala a Peixa! Tinha aqui uma chamada no telemóvel daí e não sei quem me ligou!

- Ah... a Peixa sou eu!

- erm... (*silêncio constrangedor*) Não... a Peixa da Fritadeira sou eu...!

- Ah pois, está bem, esquece. Já vou ver quem te ligou.

 

Sem que tenha nada a ver, algo completamente aleatório e alheio à situação acima, de repente lembrei-me assim de uma anedota, fora de época:

A loira decide ligar para o Pólo Norte, para falar com o Pai Natal:

- 'Toooo-uu, era possível falar com o Pai Nataleeeee?

- É o próprio!

- Touuu senhor própriooooo... é possível falar com o Pai Nataleeee?

 

E com esta me vou (*drop the microfone*).