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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Invejosa. É que não pode ver nada.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.10.19

Como se não bastasse começar o dia com kiwis armados em páraquedistas sem paraquedas, o universo tinha algo mais na manga. Não, hoje não rompi collants - que by the way, comecei a semana a rebentar com dois. yeahhhh. Só para saberem o pé da situação - nem o chuveiro abriu de repente quando eu abri a água na torneira, para esta aquecer, e levei com banho de água fria para abrir a pestana, nem tinha vincos no corpo e a marca dos bordados na cara. Estava tudo impec. Até tinha tempo de sobra para vir a desfrutar do frio, ameaça de chuva e céu nublado de hoje. Porém, saio de casa toda saltitona, a agarrar nas saias do vestido dado o vento que estava e chego-me à minha viatura. Meto as tranqueiras todas lá para dentro e vou para entrar na viatura mas... Não consigo. Dou mais um esticão. Esquece Peixa, algo te está a agarrar. Então, raios partam mais à roseira que estava ao lado da porta de trás, que agarrou a minha saia nos seus picos, com unhas e dentes e como se fosse o último vestido dos saldos com o número que lhe assentava!! Não largava. Não... lar-ga-va. Aquilo foi tão bem engedrado, que me agarrou a saia e prendeu mesmo atrás, ou seja era alguém me estar a ver e observar-me a fazer figura de ursa a tentar chegar aos picos e não chegar nem conseguir ver, para soltar a saia e esta não rasgar e estragar, tal cão às voltas a tentar morder o rabo, morder, ganir e voltar a morder porque se zangou que a cauda doeu por ter sido mordida, então mordeu de novo!

Felizmente não chovia, nem estava vento muito forte e o frio não me enregelou, senão acho que tinha de tirar o vestido e deixá-lo ali, que a roseira estava mesmo empenhada na missão dela de me agarrar.

No fundo, bem observada a coisa, eu acho mesmo que ela não queria era que eu fosse trabalhar. Que eu ficasse em casa, a descansar. Estava a zelar pelo meu bem estar, para eu tirar o dia para mim.

Escusava era de ser tão fuínha e se atracar mais na saia do que eu a uma embalagem de Pringles sabor natas azedas.

Nunca substimem o poder de uma planta. Até uma simples roseira têm o poder de dominar o mundo e de imobilizar uma pessoa. Pensem nisso, na próxima vez que forem arrancar ervas daninhas dos vasos. Quando menos esperarem, elas atacam!!

Como por a cabeça de uma pessoa em modo "tilt".

frito e escorrido por Peixe Frito, 12.04.19

- Ohhh Peixaaaaa!! Tenho uma saia I-G-U-A-L à tuaaaa!!

- Ah é? - e olho para a minha saia com pesar. Ponho a mão no ombro da rapariga e digo - Sabes, é sinal que ambas temos mau gosto!!!

Grilos. Juro que houve ali um momento de ausência da pessoa a olhar para mim, que de certeza que deve ter pensado que não sabia se haveria de rir se chorar, com o meu comentário.

E pronto, é assim. Somos felizes desta maneira, a espalhar o terror de modo fofinho. Não é de admirar que as pessoas acabem por evitar dialogar comigo e que com o tempo, passem a me acenar ao longe.

Só me falta a verruga no nariz.

frito e escorrido por Peixe Frito, 31.10.18

- Ó tia Peixa, o que é isto? - Diz-me a rabinho pequeno, sentada ao meu colo, a puxar uma das camadas da minha saia.

- Então, isso é a minha saia. O tule da saia. Não vês que têm várias camadinhas?

- Sabes eu tenho uma saia igual à tua mas é preta com bolinhas em laranja e eu vou usar para me mascarar de bruxa até tenho um chapéu sabes assim um chapéu preto também que depois uso tudo e levo para a escola uma saia assim igual à tua (sim... tudo num só fôlego, belos pulmões).

Nessa mesma noite, vou eu a caminho do Peixmobil e eis que, quando me sento, não tinha mesmo aranhas agarradas ao raio do tule da saia? Ninguém merece andar com ar de bruxa cheia de aranhas penduradas nas saias. Olha só o aspecto. As sacanas decidiram apanhar boleia, à socapa! Mas isto é assim? E depois, macacas, quando notaram que eu as topei, fingiram-se de mortas! Ah pois está claro, deviam mesmo pensar que se safavam. Aprenderam a voar, naquela noite.

Já não se pode usar saias com tule sossegada, possas...!

Bem, ao menos eram aranhas pequenas e nenhum aranhão grande, daqueles que costumo ser abençoada pela sua presença.

 

O comité das lagartixas vai fazer-me a folha.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.03.18

A lagartixa 1.jpg

Sabem como são as gajas e os seus tarecos. Sacos por todos os cantos mais a mala. Eu sou muito desajeitada, pelo que se vou cheia de sacos, dá molho pois levo tudo atrás de mim e sem dar conta. Por vezes nem preciso de sacos, tal é a minha graciosidade intrínseca: até a levantar da mesa, levo a toalha atrás. Como o faço? No clue. Devo ser um imãn de tal magnetismo que tudo quer vir atrás de mim, coladinhos, tal e qual as fãs histéricas do Justin Bieber quando o vêm na rua. Infelizmente, este processo de atracção podia estender-se a notas e moedas, mas não é o caso. Essas não se sentem derradeiramente atraídas por mim. Esquisitóides, não sabem o que perdem.

Devaneios à parte, há dias ia eu toda lampeira a caminho do aquário mor, de sainha e tal, pimpona e a esbanjar charme. Adivinhem que aconteceu?

Ia varrendo uma lagartixa com a saia, dando-lhe uma trolitada nas pestanas! Então a bicha não estava ali deitada, airosa, toda curvilinea tal modelo lagartixal numa sessão de fotografia de fatos de banho, mesmo à beira da pedra do corrimão? Literalmente, estava mesmo ali à mão de semear. E levou com a saia nas fuças, para abrir a pestana.

Armada em cusca a ver a malta a passar, resulta nisto. Estou mesmo a ver o que vai acontecer: Quando eu estiver a apanhar sol ali, no verão, vou sofrer as represálias de ter aconchegado a saia ao nariz da lagartixa.

E eu que adoro tixas do coração.