Finalmente, algo realmente útil para a sociedade.
Ando a pensar, em desenvolver um despertador personalizado, para me ajudar a tirar o rabo dos lençóis, com mais eficácia e rapidez. Isto é tudo muito lindo, ser tempo do frio, como tantos dizem e que provavelmente são aqueles que se adoram vestir como as cebolas (cheios de camadas e camadas e camadas e camadas e camadas e camadas de roupa - mesmo assim, acho que não disse as suficientes... camadas x infinito) onde só mexem os olhinhos e movem-se a parecer um boneco inflado, chuva da boa que faz falta é cá embaixo, o que não deixa de ser verdade, as árvores e o resto das bichezas precisam de se nutrir, as ruas lavadas, alguns carros que só veem água aquando chove e os buracos nas estradas ficam finalmente camuflados a brincarem ao esconde-esconde surpresaaaaaa!!, apesar de eu não precisar de humidificação, ficar de molho ou tomar banhos extra - digo eu, um banho por mês é mais que suficiente ainda mais agora no tempo frio, que transpiramos menos - concordo plenamente que a chuva faz falta - São Pedro podia era moderar a temperatura de quando a quando, digo eu. Fica a dica - levanta-te que a cama está quentinha mas tens de ir vergar a mola, diz a minha mente mas o resto do corpo não obedece. Factos incontestáveis. Deveríamos ter no emprego, uma tolerância de atraso, nos tempos frios. Pois, porque cá está, é uma carga de trabalhos conseguir sair do ninho quentinho, tirar a farpela nocturna, pôr o nariz fora da porta, quando está um calor dos pinguins na rua. Das duas, três: ou temos de arranjar roupa que têm a opção de se ligar e nos manter quentinhos ou então podíamos ir de pijama para o trabalho. Está certo que quem anda nas obras na rua iria ficar fofíssimo com o seu pijama polar aos macaquinhos ou aos unicórnios, mas vejam a praticidade da questão: menos roupa para lavar e assim como saíam das manteles, assim poderiam prosseguir caminho. Ah pois é. Uma vertente interessante a abordar seriam os aquecedores portáteis: há quem passeie os cães e assim haveria quem andaria a passear o aquecedor (imaginem um aquecedor a óleo, daqueles à antiga, a ser puxado pelo fio em plena avenida... não faz chichis nem cócós, logo podem passear com ele por todo o lado e, inclusive, se forem jantar fora, podem entrar sempre nos restaurantes, não há cá picuinhices) logo pela matina. Imagino depois a quantidade de aquecedores todos quitados, se esta moda pega. Ui... Desde terem comando a terem sensor para andar atrás do dono, acusarem no visor a meteorologia com alcance de dez dias, as horas, os minutos, os segundos, os centésimos, a velocidade a que a pessoa vai, calorias queimadas, quantos passos deu, quanto tempo na rua, ver sms, aceitar chamadas, ver o e-mail, avisarem que é altura de beber água, tirarem automaticamente selfies e postarem de imediato nas redes sociais com a frase filosofal inspiracional estilo powerpoint do dia, porem um auto resguardo aquando começar a chover e flutuarem, que é para as rodinhas não terem problemas de mobilidade - umas lagartas ao estilo de tanques, me parece uma opção viável - tirar o snack da manhã, o almoço, pentearem macacos e coçarem o rabo... são só algumas utilidades que me lembro assim de repente.
Bem visto, bem visto, se não chovesse estava um grande dia, como costuma dizer o Pai Adamastor na sua eterna sabedoria, o factor de uma pessoa ter questões de separação da cama deve-se mesmo à falta de meios de conforto, que têm de enfrentar. Em que isso resulta? No típico comodismo e deixa andar, que logo se vê. O empurrar com a barriga, mas contra o colchão que não é de molas mas de espuma ou que raio é aquilo que se molda e faz bem às costas e ao pescoço e ao cabelo e às unhas dos pés e ao não sei quê ou talvez não faça não sei não faço ideia mas vocês sabem do que falo. Ora, se me garantirem que me mantenho sempre quentinha, sem sentir as diferenças de temperatura, desconforto nas escamas, é mais do que certo de que me levanto da cama na maior para ir laborar. Não garanto é que o penteado não seja à Beetlejuice e que consiga evitar levar o pijama com padrão leopardo a fazer pandam com as botas de rock, mas o saldo será certamente, positivo. Em alguns dias pronto, break even.
Proponho a criação de um tubo género as mangas dos aeroportos para entrarmos nos aviões, até aos nossos carros, por exemplo. Se alguém trabalha perto de casa ou têm de ir a pé, um tubo desde a sua porta até ao trabalho. Sempre com aquecimento, música maravilhosa de elevador e, pontualmente pelo caminho, um chá ou café ou chocolate quente para aquecer as tripas e a acompanhar, umas bolachitas - para os mais friorentos que levarem o aquecedor à trela, lubrificante para o mesmo ou até paninhos para se limpar o pó e puxar lustro às jantes das lagartas - Cai sempre bem. Evidentemente, tudo bem ventilado pois o bafo matinal de algumas pessoas poderia tornar-se tóxico, se não convenientemente conduzido pelas condutas dos respiradores para a rua. Explosivo, atrevo-me a sublinhar.
Posto isto, que a conversa vai boa mas tenho de ir ali além, são ideias que ficam a marinar e que atiro assim ao ar, e que espero que não me caiam em cima senão ui ui, fico a parecer uma solha e isso não dá com nada com a minha tez.
Quando tiver desenvolvimentos, partilho. Pois a vida é mesmo assim, feita de partilhas para nos enriquecermos uns aos outros, ou não é? É pois está claro!!!