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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Alguém anda revoltado com a vida.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.01.20

Eu tenho dito, ter cabelo comprido, sucks! E sabem porquê? Além de que demoro uma eternidade a secar a piruca no tempo frio - caracóis... nada de pôr o secador a jardar para secar mais rápido, têm de ser na velocidade mais fraca, na santa paz do senhor. Quase parece que estou a secar o cabelo ao sabor de uma leve brisa morna, de verão - demoro uma enternidade a secar a piruca! E é estar ali, pacientemente que nem estar a dar biberon a um borrego, seca de um lado, vira para o outro, por vezes doem os braços e a paciência, meia volta uma cabeçada do secador - sacana... meia volta pimba, pancada seca na cabeça. Artista! Deve ser primo do Zidane - mas outras vezes, ele adora inovar. E cá está, só acontece quando tenho cabeleira de tamanho que quando me deito até me deito sobre ela, me querendo virar e tou de cabelo preso, resultando em palavras fofas a meio da noite - não sou fã de prender o cabelo, ainda mais no tempo frio... é um mal necessário, pois embora tenha de acabar por semi me levantar para puxar o cabelo de debaixo do meu corpo de sereia, sempre ajuda a aquecer o pescoço - porque eu distraio-me com tanta volta do secador pela cabeça, ali a cirandar e cirandar e cirandar que quase parece a dança das cadeiras mas, quando a música pára, o raio do cabelo enrola na ventoínha do secador! É o cheiro a porquinho chamuscado, é o cabelo enriçado e queimado, são os nós, é o secador a dar puxões no cabelo como os gaiatos pequenos ao nosso colo...! Sem dó nem piedade.

Desde quando é considerada segura, a situação de se secar o cabelo? É porque estas situações de violência electrodoméstica não vêm ao de cima! Mas quem se acham os secadores? Mas que é isto de andar a puxar cabelos, hein? As embalagens destes animais selvagens, deviam de ter avisos desta natureza! "Perigo - Animal indomável. Aparentemente dócil mas com tendência a selvajaria. Pode variar entre levar turrinhas do secador a levar puxões, resultando em cabelos enrolados, que só têm solução, cortando da ventoínha".

Eu já disse ao meu... voltas a armar-te em cão com pulgas e eu além de te começar a guardar ao pé da sanita, descarno-te o fio e depois quero ver como é que são as coisas. E se bufas muito, ponho-te a funcionar na velocidade mínima e na temperatura fria, a secar meias. Vê lá se queres.

Vamos ver se ele entendeu a dica. Aguardamos próximos episódios.

Até lá, porra que me mandou um puxão, que fiquei a ver estrelas. Invejoso. Não pode ver uma trunfa tão garbosa como a minha, que é assim.

Questões latentes que invadem a minha alma.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.06.19

Passar na porta de um vizinho e ouvir um secador de cabelo, a funcionar. Coisa que achei mega estranha. Digno de um caso dos x-files aka coscuvilhice alheia.

Qual o espanto, Peixa? - perguntam vocês. Pois bem, meus caros, não sei se o senhor vive sozinho mas nesta conspiração, vive - até porque nunca o vi em companhia assim de ninguém que denunciasse tórrido caso de amor - E é solteiro, abandonado, sem filhos, cão e gato. Apenas uma coisa eu tenho a certeza - além de que o cão me detesta e me ladra SEMPRE que me vê e me cheira. Nem que seja à distância. Até hoje, é o único animal que eu sei que não gosta de mim. Vá-se lá saber - que o homem é careca. Mas completamente careca. Daquelas pistas de aterragem sem um único monte ou tufo de arbusto à vista ou de pista de bowling completamente enceradas e que parece que nunca mais acabam.

Agora entendem, a minha questão? Se o homem é careca, para que quer o secador do cabelo? Que está ele a secar??

E com esta, me vou.

Bem hajam.

Decididamente, sou vítima de violência (electro)doméstica.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.11.18

Entre muita tara, mania, pancada e coisa estranha que o ser humano alberga no seu ser e ADN, há uma treta que todos passamos de geração em geração e eu ainda nem percebi bem qual o intuito... talvez algum dos leitores me saiba esclarecer. Do que falo? Das turras. Para que servem, pá? Para impormos respeito aos peluches e aos nenucos, quando estes andam armados ao cardo? Para caçar bolachinhas à cabeçada? Para dar uma turra à mesa porque não se chega ao biberon com o leitinho, a fim que este caia e lhe possamos afinfar a gengiva? No infantário, para dar a quem nos roubou a chucha? Para dar uma cabeçada à avozinha, que fala connosco como se fossemos o Mickey do "Olha quem fala"?

Ah e tal, cuidado com o bebé, têm a moleirinha aberta, têm a cabecinha com os ossos ainda a solidificarem, é preciso cuidado, amor e atenção, a fim de não se proporcionarem lesões na massa encefálica porém, todos nós na vida, contribuímos para a violência infantil e demos pelo menos uma turrinha num bebé - que, deixem adivinhar, se vos aconteceu como a mim, eu dava a turrinha com cuidado, fofinha, com amor e atenção, e a turra que recebia de volta, mais parecia um maço de bater calçado ou uma cabeçada à Zinédine Zidane. Não precisava de ir ao Planetário para ver estrelas, nem ao Observatório Astronómico de Lisboa.

Violência infantil à parte, há quem tenha bebés... eu não tenho, mas tenho o meu secador, que me dá umas turras valentes todas as manhãs, com todo o amor e carinho. Não há dia em que não leve o raio de uma cacetada do secador, quando estou a dar uma breve secadela à piruca. Como isso acontece? Não faço ideia, ele apanha-me sempre desprevenida. Há dias em que me manda com cada uma e em movimento múltiplo, que só me apetece pô-lo a voar, pela janela. Sorte a dele que o adoro, senão, já lhe tinha cortado o fio e acabava-se a tosse e a brincadeira.

O que vale é que acaba por me acordar de manhã, tal a intensidade do carinho, o fervor da turrinha, que para mim é um literal abrir de pestana - é um querido. Não deve querer que eu chegue atrasada ao trabalho.

Com amigos destes... vou-te contar.