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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Acho que o caso não é dor de protuberâncias do crânio... digo eu.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.11.21

Em dias de frio, chuva e vento forte ou moderado advindo das terras altas ou baixas ou de estatura média, ouvir o vizinho a desfrutar de um belo fado, enquanto solda peças.

Ninguém fica indiferente ao fado que o fado nos transmite. Nem eu, que não ouço por hábito.

Só me faz pensar que as soldas hoje estão extra inspiradas ou que o trabalho é mesmo um grande pincel. Que isto está para fazer chorar as pedras da calçada. (*sons de martelada*) Ao menos, expurga os demónios 

Totalmente solidária, mas amiga, nada posso fazer por ti.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.09.21

Dia da semana. Hora ainda por precisar mas pelo sentir, não muito longe da hora de levantar a peida da cama e partir o coração ao edredon.

"Ahhh santa porra. Que lanza. Hoje era mesmo daqueles dias em que trabalhava era na cama deitada, agarrada à almofada, a partir de sonhos".

E ouço a vizinha pequena do andar debaixo, em pleno pranto, a gritar:

- Não queroooooooo!! Não queroooooo!!!

- Mas ó não-sei-quantas, anda lá!! - dizia o progenitor visivelmente (visão raio-x através do chão) com aquele tom de é-melhor-que-mexas-a-peida-senão-estás-aqui-e-estás-ali.

- Não queroooooooo mas eu não querooooooo!!!! - e a choradeira continuava, tal como a expressão "vira o disco e toca o mesmo".

E eu, a assistir isto tudo do piso de cima, afofada nos lençóis e agarrada à bela da almofadinha, a constatar que eram seis e tal da manhã e que faltava para o meu despertador tocar e que ainda podia ficar mais um pouco na ronha.

Vida de adulto sucks mas de criança também não é fácil. Posto isto, espreguicei, virei para o outro lado e esparramei a aguardar a minha vez de não querer fazer porra nenhuma.

A minha vida dava um filme, só com estas cenices.

frito e escorrido por Peixe Frito, 08.05.20

Ora digam lá, se não é motivador, dia após dia, depois de lavarem uma catrefa de loiça - não sei se vos acontece mas a minha procria. Se as bichas estão no lava-loiças juntinhas e empilhadas, num abrir e piscar de olhos, já está o mesmo a tostes. Parecem coelhos a procriar, mas adiante - no exacto momento em que tiram um belo cozinhado do forno, lindo, tostado, apetecível, cheiroso, quando acabam de se espreguiçar no sofá ou até quando vão ao frigorífico tirar três um quadradinho de chocolate com pedaços de morango e ouvem, do nada e como se alguém estivesse a aguardar aquele exacto momento, cronometrado ao segundo, um bater de palmas massivo na rua e assobios de motivação!

Isto é de uma pessoa se sentir em alta, não acham? Ali no píncaro da situação.

As sincronicidades da vida, são tramadas.

Aprendam meus filhos, aprendam... Que génios destes, não duram para sempre.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

Um parque automóvel têm buracos no pavimento. É chato... são as poças que nem girinos criam de tão manhosas, é a malta a por lá os pés aquando vai para as suas viaturas, sou eu a meter os pés nas poças de propósito só para me meter com os colegas que andam de ténis e fogem das poças como diabo da cruz, sem mencionar que a manobrar, os carros as cilindram. Então, há que reparar... certo?

Claro. Em dia que está aviso amarelo no país inteiro, de que uma tempestada se aproxima de território nacional, que vai ventar como o caraças mais velho e chover como se não houvesse amanhã. Mas não há como errar! Observem onde estão as poças e é precisamente para lá que mandam o cimento fresco.

Ó senhores... a sério? Sim, a sério. Só visto, que contado ninguém acredita.

Ao menos não misturavam água na massa, aproveitavam a que estava nas poças. Nem nisso pensaram.

Génios. Tão brilhantes que até a lâmpada parte de excesso de energia.

Se calhar só a mim é que estas coisas me são irritantes.

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.10.19

Não, não estou novamente a falar de melgas mas de algo parecido: vizinhos. Há uns vizinhos velhotes lá para as minhas bandas do aquário, que eu sei sempre quando recebem cartas que não são deles: Escrevem nos envelopes! "Não mora aqui" "Morada errada" uma das que mais aprecio ler é "Senhor carteiro, esta pessoa não mora nesta morada", entre tantas outras observações que os senhores fazem nas cartas, na frente do envelope, a escrivinharem quase todo o envelope!

Agora, hoje em dia, maioria dos envelopes têm as caixas atrás, para se preencher o motivo de devolvermos a carta. Desde "morada incompleta" a "falecido" "desconhecido" "mudou-se". E sim, eu já me dei ao trabalho de verificar e várias vezes os senhores não preenchem isso atrás no envelope, preferem escrever na frente do envelope. É conhecimento geral que, se se encontram cartas fora dos correios, amontadas numa determinada zona perto das caixas dos correios, é para o carteiro as levar de volta, certo? Costuma ser assim - se bem que já tive contacto com um artista que voltava a por as cartas dentro da caixa errada, morada errada, prédio errado, que bem merecia que lhe enfiassem era a carta nele - não havendo necessidade de rabiscarem o envelope.

Já alguma vez receberam um envelope que andou perdido, a passear, rabiscado com essas observações por fora? Eu já. E pior ainda, quando recebo já abertos. Desculpem, mas é algo que me dá alguma neurose. Se me abrem a carta das águas, ao menos que a paguem. Ou achavam que vinha um brinde lá dentro? Não é abrir e dizer ao carteiro que aquela pessoa não mora ali. Posso parecer picuinhas mas sempre que tiro cartas do correio verifico logo se são minhas ou não, não desato a abrir cartas alheias. Muito menos rabiscar os envelopes - ao menos que fossem desenhos artisticos, agora recados de "amor" ao carteiro...

Começar a fazer isso com as contas para pagar. Preencher no envelope que "pessoa não mora aqui" e devolver.

Mas top of the top nestas andanças de amores e desamores entre o carteiro e os vizinhos, cartas rabiscadas e outras abertas, foi o que o carteiro já fez uma ou duas vezes, precisamente a essas pessoas:

Tocar à campainha para abrirem a porta do prédio, que era o carteiro. Abriram a porta. O carteiro vai, espeta com as cartas no correio e ó abre. O dito senhor vai ver o correio e verifica que tinha lá correio sim... um papel para ir levantar uma carta registada aos correios, que o carteiro tocou e não estava ninguém em casa!

Ai oh pá. Esta foi a morte do artista. 

Histórias de cartas e carteiros... uii que nunca mais saímos daqui. Dá pano para mangas.

Questões latentes que invadem a minha alma.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.06.19

Passar na porta de um vizinho e ouvir um secador de cabelo, a funcionar. Coisa que achei mega estranha. Digno de um caso dos x-files aka coscuvilhice alheia.

Qual o espanto, Peixa? - perguntam vocês. Pois bem, meus caros, não sei se o senhor vive sozinho mas nesta conspiração, vive - até porque nunca o vi em companhia assim de ninguém que denunciasse tórrido caso de amor - E é solteiro, abandonado, sem filhos, cão e gato. Apenas uma coisa eu tenho a certeza - além de que o cão me detesta e me ladra SEMPRE que me vê e me cheira. Nem que seja à distância. Até hoje, é o único animal que eu sei que não gosta de mim. Vá-se lá saber - que o homem é careca. Mas completamente careca. Daquelas pistas de aterragem sem um único monte ou tufo de arbusto à vista ou de pista de bowling completamente enceradas e que parece que nunca mais acabam.

Agora entendem, a minha questão? Se o homem é careca, para que quer o secador do cabelo? Que está ele a secar??

E com esta, me vou.

Bem hajam.

Pessoas e as suas cenices esquisitas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.06.19

Ao observar outras pessoas, aprendi que a melhor altura para se lavar, limpar e polir uma viatura, é mesmo quando o sol se está a por e nós já não vemos uma peça das caldas à frente do nariz e, na pura da loucura, só com um paninho! - ai se o Mr Myiagi sonha!!

Verdade seja dita, assim todos os riscos e spot's mal lavados deixam de se notar e a viatura fica que é uma maravilha!

Faz lembrar a situação de lavarmos as janelas de casa e elas estarem magníficas e depois quando lhes bate o sol, é só pinturas rupestres.

E continuando na onda do "wax in wax off", o wax off abaixo ainda consegue ser pior que as minhas idas à esteticista. Só o suspense de se vai ter wax off ou não... compreendo o risinho nervoso do mister ao ínicio.

Faz-te hóme pá! 

Não há nada como apoio moral.

frito e escorrido por Peixe Frito, 04.12.18

tum-tum-tum-tum (*barulho de martelar efusivamente na parede*)

- Parte essa m3rda!! - ouve-se berrar de fundo

tum-tum-tum-tum (*barulho de martelar efusivamente na parede*)

- Dá-lhe mais!!!

- Hein?

- Dá-lhe mais cuarago!!

tum-tum-tum-tum-tum!!!!

 

Haja companheirismo no local de trabalho.

Pior estou eu, que tenho de os ouvir a martelar e a berrarem uns para os outros.

Algo tão idiota que de facto me queima o miolo.

frito e escorrido por Peixe Frito, 07.06.18

Estacionar ao lado de um carro mal estacionado. Eita que me põe os nervos em franja! Nhónhice a minha, mas eu gosto de estacionar la viatura direita e de rodas direitas, assim tal como Deus a pôs no mundo. Nada cá de merdices de estacionar enviesada, torta, de rodas viradas para fora. Nada disso. Agora imaginem, eu a querer estacionar o peixmóbil direitinho, até porque o espaço pelos lados do aquário não abundam de estacionamento, logo convém sermos sensatos e estacionar do melhor modo possível, e estou eu ali a manobrar que nem uma maçarica a aprender a conduzir, porque em certos sítios custa a perceber ou a ter linhas guia para se estacionar direito que normalmente uso o carro do lado, para ficarem par a par fofinhos e lindos da vida, que nem sardinhecas numa latinha com molho de tomate - mas assim fica difícil, quando a vizinhança gosta de parar a viatura conforme vira, assim fica estacionada, sem esforços.

Sou gaja, eu sei. Como já disse, nhónhices e merdices... eu sei. Mas custa assim tanto, alminhas dos diabos, estacionarem as viaturas direitas, respeitando os traços demarcados no chão ou se não têm traços imaginem raios vos partam, deixarem a porra das rodinhas alinhadas com a carroçaria do chasso, não estão no meio da metrópole onde estacionam as carroças atravessadas estão na aldeia, por isso não me arreliem depois de um longo dia de trabalho, quando já dei mil voltas ao quarteirão e finalmente arranjo lugar e vocês suas criaturas do poço de onde nem a Samara saiu, nem se digam de estacionar decentemente, de modo a que outros possam tanto manobrar como estacionar correctamente, aproveitando o pouco espaço que existe para tal efeito. Eu bem gostava, mas o meu carro não têm o extra incluído de rodas extensíveis à Inspector Gadget para eu poder estacionar no primeiro andar, logo preciso de algum espaço razoável para atracar o peixmóbil que por sua vez, diga-se de surra, têm um comprimento mais que razoável e o suficiente para intimidar muitas caricas com metade do seu tamanho.

Caramba, não vos cai uma unha! A única desculpa aceitável é mesmo estarem aflitinhos para irem à poltrona, já ali nas últimas quase quase a dar-se o acontecimento in loco em pleno carro, e ainda assiiiiiimmm...!!

Tenho dito. Respeito ao próximo é muito bonito. Pena haver abundantemente nuns e precariamente noutros.

Posto isto, aqui fica mais um post à Velho do Restelo, antes que se me dê um choque eléctrico nos neurónios com tais recordações de farroncas estacionadas como se fossem uma cambada de camelos numa duna, em pleno deserto, fazendo outras criaturas deixarem os carros lá na casa do coiso das caldas, graças aos maus estacionamentos à patrão, onde caberiam três carros, cabe um dromedário.

Bem hajam - menos aquele animal que deixou hoje o carro numa completa diagonal no meio do estacionamento. Deve ter medo que lhe dêem quicadas com as portas. Pena não se lembrar ele que assim estacionado, corre o risco de alguém lhe levar a traseira como souvenir ou lhe deixar um souvenir a ele no carro, em forma de raspão e falta de tinta com uma mossinha ao de leve. Isso resolve-se! Basta ele pôr aqueles autocolantes foleirotes lindos da silva, que se usa por aí agora com bonequinhos e estrelinhas e hello kittys e mais não sei quê e a coisa fica disfarçada e o carro decorado.

É mesmo à patrão e qualquer dia dá asneira.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.04.18

Há uma tendência natural de aquando me cruzo com criaturas pequenas de qualquer género/espécie, sejam bebés, crianças ou até gatos ou canitos (não querendo comparar crianças a animais, naturalmente), que se dê uma interacção com a minha pessoa. Os bébés ficam fixos a olharem para mim e, quando olho para eles, sorriem com todas as gengivas e alma para mim. As crianças, normalmente adoram-me e não me largam. Os gatos observam-me... observam-me... observam-me. Depois lá optam por me miar e me perseguirem a miar, caminhando juntinho a mim. Um ou outro aventura-se e roça-se nas minhas pernas e ronrona. E os canitos? Pois é... os canitos normalmente comportam-se como se me conhecessem há milénios, abanam o rabo e o corpo todo de animação, saltam-me para cima, lambem-me... uma alegria. E falo de animais que nunca me viram na vida. 

Ainda ontem, me cruzei com um canito, que veio a correr na minha direcção estando eu a abrir a porta do prédio, parou, esperou que eu metesse a chave na porta e a abrisse. A graça está que vi o animal a correr para mim, feliz da vida. Parou a meu lado a olhar-me. Olhei para ele e senti uma ternura naquele olhar, com aquela criatura a abanar-se toda que mais parecia que estava numa zona com um sismo localizado, e que fiz? Nem pensei duas vezes. Depois de lhe dizer "Olá!! Estás bom??" vai de esticar a barbatana e de lhe dar uma festinha na cabeça. De bom grado, o animal recebeu a minha festinha. 

Honestamente meus queridos leitores, aqui a Peixa anda a desafiar a sorte e a integridade dos dedinhos das mãos. Até agora, com tantos canitos alheios ao fim de largos anos a quem eu dei festinhas sem sequer fazer a pergunta da praxe aos donos "morde??", nenhum me fincou o dente. Nenhum. Só depois de lhes dar festinhas é que caio em mim e reflito: ai catano... e se o bicho me mordesse? Sim... porque alguns parecem muito amáveis mas depois é cá um "anda-cá-que-vais-ver-como-é-que-elas-mordem".

Na verdade, não resisto. Quando olho para eles nos olhos e sinto um calorzinho no coração, aquela sensação de familiaridade, que me faz com toda a confiança lhes dar uma festinha, sem questionar se aquele é um verdadeiro animal feroz - acho que não se babarem, rosnarem e estarem de dentes de fora, já é um índice claro de que são mansinhos maaaaaassss nunca se sabe.

E se querem que vos diga, muitas das vezes os animais são mais sociáveis e simpáticos do que os donos. Pegando novamente no caso de ontem: o dono nem me dirigiu a palavra, ignorando-me completamente. Entrou comigo no prédio - descobri que é meu vizinho - enquanto eu fui à caixa do correio e me virei, já tinha entrado no elevador e subido, sem ai nem ui. Não sou necessariamente sensível nem fiquei a noite acordada a chorar em prantos, mas um pouco de educação, não faz mal a ninguém. E sim, ele fala, que eu ouvi-o a falar com o cão, enquanto me ignorava e fazia de conta que eu nem ali estava e nem agradeceu por eu segurar a porta para ele entrar.

Dito isto, vale mais a pena arriscar uma dentada ao oferecer carinho a outra alma, do que confraternizar com pessoas assim.