E eu a pensar que ele é que estava com a "cadela".
Preparar para deitar, tudo a postos e enfiar nas mantas. Ahhhh que bom, ao fim de um dia de trabalho, finalmente, matar saudades da almofada!! Afofar na santa paz dos lençóis, ali que nem um mimo, e eis que...
- Saraaaaaaa... Ó Sara! Saraaaaaaaaaaa! SARAAAAAAAAAAAAAAAA!!
Fosga-se, ninguém merece tal festival. Então não começa uma criatura das grutas - só pode ser das grutas pois ninguém sai a aquela hora para a rua a não ser os noctívagos - a gritar desalmadamente na rua, no meio do parque de estacionamento?
Pois, das duas três: Ou a serenata estava a correr mal e a moça escondeu-se ou aquilo era alguém já com andamento a aquela hora e ficou baralhado a quantas Saras já ia - ainda a noite era uma criança - ou então era mesmo era parvo por estar ali a gritar em plenos pulmões, a chamar pela Sara - no meu tempo era mais "Ó Elsa!! Manda os putos para a barraca!!"
Já eu a espumar e a jeito de me levantar e ir à janela impor respeito, e oiço:
- Sara pá, mas onde é que tu estás? Raios partam mais à cadela!! Já para aqui. Á MINHA FRENTE!!
Ora, é mesmo isso. Já ouvi muitos nomes mas chamar Sara a uma cadela, foi estreia.
Onde é que estão aqueles nomes normais de cão, pá? O Pantufa, a Fofinha, a Branquinha, o Lãzudo, Patudo, Bigodes...? Que raio de moda, de darem nomes de pessoas a animais. A sério...