Uma pessoa já não pode andar descansada na vidinha dela.
Hoje venho aqui falar de algo que ainda não tinha falado mas que hoje me apeteceu falar por isso vamos falar disso. Puxem as cadeiras e sentem-se no chão. Estejam à vontade.
Vivemos em tempos de pandemia. É difícil de gerir a adaptação da nossa vida, a esta situação. Ora seja porque temos de ter certas restrições sociais e desenvolver novas directrizes comportamentais ora lidar com a parte mental e emocional da questão. Estarmos privados da nossa - tão tomada como garantida - liberdade, assola-nos a todos nas suas variadas vertentes e causa os seus impactos, dependendo de indivíduo para indivíduo, pois cada um gere as dificuldades daí resultantes, da melhor maneira que sabe, muitas vezes de mãos atadas - e não falo da prática de shibari, a quem está a fazer "teletrabalho" e têm algum tempinho livre para matar. - Para mim, que ainda não tinha vivido este tipo de situações, foi quase como começar a ver o início latente daquelas catástrofes que assistimos nos filmes, que o vírus espalha, deixa todos zombies, a comerem cérebros uns dos outros - de quem têm cérebro, que há muitos que ó senhor, é abrir a caixa craniana e sai de lá uma corrente de ar, que nos deixa o penteado igual ao Beetlejuice - andarem com catanas a desmembrar a malta e viver em pleno artrito quer consigo quer com o meio envolvente, pois nunca se sabe quem está à espreita à espera de nos vir afiambrar - literalmente, fatiar como um fiambre fininho e pôr a assar na fogueira que em tempos aprendeu a fazer, ao assistir às temporadas de sobrevivência, do Bear Grylls. Tipo fantástico, by the way. A natureza é que não lhe deve achar muita piada, pois manda-lhe a maior miríade de bicheza esquisita, aranhas, escorpiões, cabras podres no meio de sei lá de onde a ver se o tipo desampara a loja, e ele retraça tudo na maior das descontracções. Bem vistas as coisas, assim sempre se vão controlando as espécies e evitando pragas. Agradecida, Mr. Grylls.
Variadas teorias da conspiração surgem. Nem as vou enunciar, não vale a pena. Porém, posso dizer que me lembro sempre da situação gerada nos jogos - que posteriormente deram origem aos filmes - de Resident Evil, onde um vírus todo quitado, foi gerado em laboratório e posteriormente, teve contacto com o mundo exterior, transformando a malta toda em zombies dignos de um remake de um videoclipe do "Thriller", com alto investimento. A sério, há muita coisa que nos é oculta, sabe-se lá o que se passa dentro de uma poça no meio da estrada bem como se o vento que nos faz secar as cuecas no estendal, não será gerado a partir de meios mecânicos, de umas ventoinhas instaladas no céu, que quando aquilo têm curto circuito, faz trovões e essas cenaices todas.
Então, hoje de manhã, estava eu descansada da vida a caminho do trabalho, e deparo-me com este logótipo em uma carrinha:
"Peixa Maria, ainda agora começou o dia e já estás com devaneios?? Tens de começar a verificar a validade antes de tomar as gotas!" Ainda pensei que as romelas estavam a fazer das delas, que isto de lavar a cara à gato para poupar tempo e água de manhã, não dá com nada, mas não... Estava a ver bem. Eu confesso que adorava ver a minha cara, ao abrandar para ver se estava de facto a ver bem.
Sentido de humor retorcido, é do melhor. E assim se começa o dia - apanhando malta ainda meio a dormir cujo tico e teco ainda estão a comer os cereais e a verem os desenhos animados matinais - a sentir o pânico de ver um logótipo que associamos directamente a algo terrífico - coisas de nerds... - mesmo sabendo que é uma corporação fictícia!! - Lá depois me caiu bem a ficha, óbvio. E adorei a ideia!! - Preferia ver a Capsule Corporation, mas pronto!!
Ainda dizem que os videojogos incentivam à violência... Por experiência própria, não incentivam à violência não, mas sim à imaginação e a criar teorias da conspiração com a maior precisão e detalhes possíveis.
E isto do Covid-19 não veio ajudar nisso. Só a quantidade de desgraças nos videojogos que começam com vírus e cenaices assim... Acho melhor nem abrir as janelas do aquário, não vá o diabo tecê-las!! - jogar menos jogos também ajuda, Peixa. É só uma dica.